V8 Supercars
Como não tenho interesse especial por futebol como a maioria, acompanho o desporto automóvel. Por razões que não valem a pena comentar Portugal não está na rota dos grandes eventos do desporto automóvel. Assim e pela TV, acompanho a Formula 1, o Nascar, o Cart entre outros, mas há um não menos interessante que se realiza na Austrália, o V8 Supercars.
Há quem diga que é a versão australiana da NASCAR, mas em alguns aspectos têm mais parecenças com o DTM.
Na verdade, o V8 Supercars têm a sua própria identidade, tão ligada ao seu país de origem como as duas competições mencionadas são aos respectivos países. Até 2004, o V8 Supercars chamava-se Campeonato Australiano de Turismo, durante anos foram permitidas as presenças de carros oriundos de outros países, respeitando as regras do Grupo A, mas desde 1993 esta competição está reservada aos construtores australianos. A maior parte dos pilotos são australianos, com uma presença menor de neozelandeses e apenas um estrangeiro. A organização está entregue à AVESCO, propriedade da organizadora IMG e da associação de equipas, a TEGA.
Um fim-de-semana de corridas é sempre bastante preenchido, pois os inscritos têm geralmente que participar em três provas por evento, com uma corrida de 100 km no sábado e duas de 140km no domingo.
Pontos são entregues aos 32 primeiros, e as corridas têm coeficiente de 2 ou 4, com o mais baixo a representar a primeira corrida de domingo. A excepção são três provas, a Clipsal 500, em Adelaide, com duas corridas de 250 km (coeficiente 5), enquanto a Sandown 500 e Bathurst 1000 têm, como o nome indica um único evento de 500 ou 1000 km.
A distância destas corridas obrigam as equipas a inscrever dois pilotos por carro, com atribuição de um coeficiente 10 de pontuação. Logicamente, um bom resultado nestas duas provas é decisivo para uma boa pontuação no campeonato. Os reabastecimentos são permitidos em todas as corridas. Pela segunda vez, o campeonato tem uma ronda internacional, que em 2005 foi disputada em Xangai, e este ano terá lugar no Circuito Internacional do Bahrain, a 24 e 25 de Novembro.
Produção local
Desde 1993, quando o Grupo A deu lugar aos regulamentos V8, que o campeonato e exclusivo para construtores locais, a Ford e a General Motors (Holden). A Toyota e a Mitsubishi também têm produção local mas como não possuem carros com motor V8, nunca consideraram seriamente a participação.
Estes já não têm nada a ver com os actuais modelos de produção, pois são antigas unidades OHV com bloco em aço e cabeça em alumínio. Ainda assim, são capazes de atingir potências na ordem dos 630cv.
Igualmente idênticos são os pneus Dunlop e Bridgestone, que calçam jantes OZ de 17 polegadas com largura de 11 polegadas. Já os travões são livres, com a Ford a optar pela marca Brembo, e a Holden a escolher a AP.
0 peso mínimo do carro e de 1355kg sem piloto, mas ainda assim é capaz de atingir os I00km/h em apenas 4 segundos, com velocidades máximas que se aproximam dos 300km/h.