26 August 2006

Rosa dos Ventos

O meu espaço chama-se Rosa dos Ventos, o mesmo que Compass Rose em Inglês. Assim nada melhor do que explicar as origens e a simbologia da Rosa dos Ventos.


Autor: Bill Thoen
Tradução: Márcia Siqueira de Carvalho
Adaptação para Português de Portugal: Mim

A rosa-dos-ventos apareceu nas cartas e mapas a partir do século XIV, quando fez a sua primeira aparição nas cartas portulanos. O termo "rosa" vem da aparência dos pontos cardeais da bússola que lembram as pétalas desta flor. Originalmente esta invenção era usada para indicar as direcções dos ventos (o que era conhecido como rosa-dos-ventos) mas os 32 pontos da bússola se originaram das direcções dos oito ventos principais, dos oito ventos secundários e dos dezasseis ventos complementares.
Na Idade Média, os ventos tinham nomes geralmente iguais aos dos países mediterrâneos por onde eles passavam como tramontana (N), greco (NE), levante (E), siroco (SE), ostro (S), libeccio (SW), ponente (W) e maestro (NW). Nas cartas portulanos pode-se ver as iniciais destes ventos na ponta das "pétalas" como T, G, L, S, O, L, P, e M.

Os 32 pontos são simples divisões das direcções dos quatro ventos (mas os chineses dividiram a bússola em 12 direcções principais baseadas nos signos do Zodíaco). Uma das primeiras coisas que os aprendizes de marinheiro ocidentais tinham de fazer era dizer todos os nomes dos pontos cardeais (nome dos pontos). Nomeá-los perfeitamente ("de cor e salteado") era um exercício conhecido na língua inglesa pela expressão "boxing the compass".
Não há um padrão único para a construção de uma rosa-dos-ventos, e cada escola de cartógrafos parece ter desenvolvido o seu próprio. Nas primeiras cartas o norte era marcado por uma ponta de seta acima da letra T (de tramontana). O símbolo evoluiu para uma flor-de-lis na época de Colombo e foi vista primeiramente nos mapas portugueses. Também no século XIV, o L (de levante) na parte leste da rosa foi substituído por uma cruz, indicando a direcção do Paraíso (que se pensava estar localizado no Oriente), ou também onde Cristo havia nascido (no Levante).


As cores da figura são supostamente o resultado da necessidade de uma clareza gráfica, mais do que um capricho cartográfico. O desenho deveria estar bem visível até de noite, num navio balançando à luz bruxuleante de uma lanterna. Daí então os oitos pontos cardeais serem comummente mostrados na bússola na cor preta o que os ressaltam bem. Em contraste com o fundo, os pontos representados dos ventos secundários são bastante coloridos em azul ou verde, enquanto os demais ventos menores são menores e geralmente pintados de vermelho.

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